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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Extinção dos adicionais de insalubridade e periculosidade gera revolta entre servidores

servidores protestam

Decreto assinado dia 5 de julho do ano passado pelo então prefeito em exercício, Irineu Pasold, e que extingue o pagamento dos adicionais de insalubridade e periculosidade a pelo menos 632 servidores públicos municipais de Jaraguá do Sul poderá resultar na paralisação do setor de Obras da Prefeitura. Em seu Artigo 3º, o Decreto 8.750/2012 permitia que a atual administração prorrogasse seu prazo de vigência, previsto para janeiro de 2013, o que não aconteceu: a Folha de Pagamento dos servidores 'rodou' com o desconto de 20% e 40% referentes aos adicionais, o que gerou revolta. No início da tarde de hoje (30), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinsep) promoveu assembleia no parque de Obras, com a presença de mais de 200 servidores, para mobilizar a categoria na tentativa de reverter o desconto, ao menos até que seja realizado novo Laudo Técnico. Às 11 horas de sexta-feira (1º) o Sinsep tem audiência com o prefeito Dieter Janssen para debater o problema.
Nem mesmo o secretário de Infraestrutura, Hideraldo Colle, sabia que o Decreto entraria em vigor no mês de janeiro. "Não estava sabendo, houve um mal entendido, nos pegaram de calças curtas", desculpou-se o secretário Hideraldo Colle. "A revolta é mais do que justa, ninguém imaginava uma atitude dessas no começo de uma administração", reforçou o diretor do Sinsep, Luiz Cezar Schorner, lembrando que a prioridade do Sindicato, neste momento, é evitar o desconto da insalubridade e periculosidade e estará junto com os servidores para resolver a situação: "Queremos tempo para discutir e conhecer o laudo técnico ou realizar um novo laudo com acompanhamento dos servidores", defende o Sinsep. A chefe de Gabinete, Fernanda Witkosky adiantou aos servidores de Obras a possibilidade de se 'rodar' uma folha de pagamento suplementar devolvendo o desconto ou mesmo de cada servidor prejudicado ingressar com recurso judicial. "Pecamos em não preparar o servidor", reconheceu Fernanda.
O salário do pedreiro João Reni da Silva Martins sempre veio acrescido em mais de R$ 170,00 relativos ao adicional de insalubridade próprio da função que exerce. "Ninguém veio ver onde a gente trabalha, simplesmente cortaram o benefício", reclama o servidor. "Já ganhamos uma merreca, não esperava por isso, foi a maior sacanagem", resume. Já o encarregado de Obras, Irineu Muller, que trabalha no conserto de asfalto e calçamento de ruas considera que "retirar o direito ao adicional para servidores que trabalham no meio da fumaça, do enxofre é coisa de quem fica no ar condicionado do gabinete, assim é fácil", protesta, reclamando ainda que a medida afetou injustamente aqueles servidores que recebem os menores salários. "Deveriam ter comunicado a gente com muita antecedência", reclama. No dia 29, o Sinsep reuniu-se com o secretário de Administração, Sérgio Kuchenbecker, que mostrou-se intransigente: "Por enquanto, o Decreto vai valer". Nesta quinta-feira (31), às 18 horas, o Sinsep promove reunião com os servidores da Área da Saúde para debater o assunto.

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