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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Comissão Julgadora Municipal da Olimpíada de Língua Portuguesa seleciona textos para fase estadual

No dia 14 de setembro, a Comissão Julgadora Municipal da Olimpíada de Língua Portuguesa avaliou e selecionou os textos recebidos das escolas de Corupá  para participarem da etapa estadual.
      A comissão foi formada por Dolores Cristofoletti Possamai, Integradora de Ensino Fundamental e Eliane Lourdes Demarchi Póvoas, Supervisora de Educação Básica e Profissional da Gered (Gerência de Educação de Jaraguá do Sul), Marisa Kühl Judachewsky e Emanuelle Françoise Blunk Schiochet, da Secretaria Municipal de Educação de Corupá.
       Os textos foram avaliados segundo critérios formulados pela organização da Olimpíada de Língua Portuguesa.
Poema: Minha vida:
Deivid Willian Bianchini, aluno do 6º ano da Escola Municipal Francisco Mees, da professora Magaret Haas.

Minha Vida
Eu vivo em um lugar encantado
Onde o ar parece perfumado
É cercado de água e animais por todos os lados
É o interior de Corupá.

Sou filho de bananicultores
Trabalhamos livres e à vontade
Posso correr e brincar com liberdade
Pois aqui reina a paz e a honestidade.

Os ventos vão e vem
O progresso chega também
Espero que Corupá nunca perca sua simplicidade
Pois me orgulho de viver nesta cidade.

Memórias Literárias: Ah, como era bom!
Mariéli Jungton, aluna do 8º ano da Escola Municipal Francisco Mees, da professora Magaret Haas.

Ah, como era bom!
     Eu adorava brincar de esconde-esconde. Brincava sempre com meus amigos e irmãos a tarde toda. Era muito divertido porque brincávamos em várias pessoas e isso tornava a brincadeira mais longa, chegando até a ficar algumas vezes durante toda a tarde  escondidos atrás das árvores.
    Outras vezes brincávamos um pouco de esconde-esconde e depois íamos nos balançar. Cada um construía sua própria balança com uma corda e uma tábua.
Um sempre empurrava o  outro na balança para pegar altura, balançávamos bem alto, sem medo. Quando alguém caía e se ralava ninguém ia ao hospital, continuávamos a brincadeira sem drama.
   Também gostava de brincar na cervejaria existente no centro da cidade de Corupá. A cervejaria era do senhor Volvo e também nos divertíamos brincando lá. Enfrentávamos sol e chuva indo de bicicleta até o centro, só para brincar com os filhos do dono da cervejaria. Eles também gostavam de brincar em nossa casa, e quando vinham, vivíamos em cima dos pés de goiaba e jabuticaba.
     Frequentávamos a escola e ela estava localizada bem no meio de um bananal. Era muito legal ir pra escola. Eu adorava ler, e o assunto que mais me interessava eram os pontos cardeais, que conseguia decorar e entender. Hoje ainda existe no bananal, o poço da antiga escola.
     Minha professora foi Alminda Larsen. Também cheguei a cuidar dos filhos dela.
Certa vez na páscoa o coelho escondeu as cestas embaixo das gramas pretas. Procurei muito, mas não consegui encontrar a minha e então comecei a chorar. Com isso meus amigos encontraram a minha cestinha.
    Recordo-me ainda que ia muito para a praia nos fins de semana com o caminhão do Vashitão, um tio. Na praia, lembro que estavam expostos vários aviões e submarinos. Nós  entrávamos dentro das máquinas e surpreendíamo-nos com o que estávamos vendo.
      Aos nossos olhos era tudo chique, feito de prata, e por assim ser, tínhamos que tomar cuidado,  pois não deveríamos encostar em nada, apenas ver, era tudo muito vigiado.
   Essas são poucos de muitas das lembranças que guardo de minha infância. Sou Rosa Bianchini e tenho 63 anos.

Crônica: “Segunda-feira nem tão monótona”
Luan Fernando Twardowski Martinelli, aluno de 8ª série, da Escola de Educação Básica Teresa Ramos, da professora Diana Seidel.

“Segunda-feira nem tão monótona”
    Era uma segunda-feira como qualquer outra, dia de aula normal, de levantar cedo, de pegar ônibus e ir à escola.  Acordei  pelas 6 horas como de costume, mais precisamente às 6h2min. Já não preciso mais de despertador, me acostumei com o horário...
   Levantei e fui até a cozinha para fazer o café. Moro com minha avó, dona  Odete de 62 anos e como ela tem problemas de visão e bicos de papagaio nas costas,  preciso ajudá-la bastante. Mas é claro que a amo e quero o melhor pra ela, assim como ela quer pra mim, sempre pergunta se estou bem,  se preciso de alguma coisa.
Com  o café pronto, despejei-o  numa térmica  azul com várias flores de cores diferentes, minha avó que comprou, pois as flores são uma das paixões de sua vida. No jardim de casa, existem várias, com nomes de A a Z, de todas as cores.
Tomei uma xícara de café com leite e dois pãezinhos amanteigados, apertei a pasta de dente que já estava no fim, coloquei o uniforme, arrumei o cabelo e fui até a janela do quarto da minha avó de onde dá para ver o ponto de ônibus e foi lá que tive  uma surpresa. Não havia ninguém e já eram 6h45min, neste horário a Renata, Carlos e Tais já estão lá, pois o ônibus costuma chegar às 6h55min.
Deve ter vindo mais cedo hoje, pensei. Decidi chamar  minha avó para me levar de carro. Ela acordou, colocou os óculos  e foi direto ao carro. No caminho, ela perguntou:
- Você perdeu o ônibus, querido?
- Ele veio mais cedo hoje, achei estranho- respondi a ela.
Quando fomos passar pelos trilhos, escutamos o barulho do trem, olhei para os trilhos e vi que vinha um trem.
Não me preocupei muito, eram 7h3min. O trem vai passando e a fila dos carros que espera aumenta. Vão chegando motos, bicicletas e pessoas a pé.
Então vi uma mulher com um bebê chorando. Eu já estava preocupado se iria chegar no horário,  mas aí pensei na situação daquela mulher. Ela estava de bicicleta com uniforme de trabalho e um bebê chorando. Ela tem hora para trabalhar e para levar o bebê na creche.
O trem se foi exatamente às 7h23min. Cheguei à escola às 7h28 min e tive mais uma surpresa: não havia ninguém na escola, aquele dia parecia ser inacreditável, nada estava certo. Eu não sabia se ia pra casa ou ficava mais um pouquinho por ali. Decidi procurar por algum professor ou funcionário e fiquei ali por uma meia hora, olhando a escola toda.
Eram 8h4mim, quando chegaram Renata, Carlos e Tais e eu perguntei imediatamente:
- O que está acontecendo? Por que só chegaram agora?
- Agora é horário de verão né?
- Você arrumou seu relógio? perguntou Renata.

Olimpíada de Língua Portuguesa
     A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro foi instituída em 2008 pelo Ministério da Educação e a Fundação Itaú Social, com objetivo de colaborar para a melhoria do ensino da leitura e da escrita. 
  O tema é o lugar onde vivo, valorizando a interação das crianças e jovens com o meio em que vivem. O concurso de produção de textos envolve quatro categorias de gêneros textuais:
1-            Poema: 5º e 6º anos (4ª e 5ª séries) do ensino fundamental
2-            Memórias: 7º e 8º anos (6ª e 7ª séries) do ensino fundamental
3-            Crônica: 9º ano (8ª série) e 1º ano do ensino médio
4-            Artigo de opinião: alunos de 2º e 3º anos do ensino médio  
    A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro ocorre em todo o país. Neste ano, aderiram 5.445 municípios, destes 4.529  assinaram o termo de adesão à Olimpíada, participam 55.570 escolas e 130.650 professores. O objetivo é contribuir para a formação de professores, visando à melhoria do ensino da leitura e escrita nas escolas públicas brasileiras.
      O termo de adesão dos municípios e as inscrições das escolas e professores ocorreram no período de 19 de março a 25 de junho. As oficinas nas escolas foram desenvolvidas de 19 de março a 3 de setembro.     
    Cada professor baseou-se em um caderno com orientações e atividades sobre a produção de textos, recebido na Olimpíada de 2008. As etapas do concurso passam pela fase escolar, municipal, estadual, regional (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) e nacional.    
     Cada escola organizou uma comissão e selecionou um texto de cada categoria até 3 de setembro para participar do julgamento municipal.
Etapa Municipal: 10 a 21 de setembro 
    As Comissões Julgadoras Municipais selecionaram até um texto por categoria.
Etapa Estadual: 22 de setembro a 17 de outubro
     As Comissões Julgadoras Estaduais, nos 27 estados da federação e no distrito federal selecionarão até 500 textos semifinalistas nas quatro categorias.
Os professores e alunos receberão medalhas e cupom para retirada de livros na livraria montada no encontro regional.
Os 500 semifinalistas participam com seus professores do Encontro Regional em uma capital brasileira.
Etapa Regional: 7 a 28 de novembro  
    A Comissão Julgadora Regional selecionará até 152 finalistas. A premiação para o professor e alunos selecionados é medalha e um tablet.  A escola receberá uma placa de homenagem. Os 152 finalistas participam com seus professores, diretores e um pai ou responsável do Encontro Nacional em Brasília, onde serão anunciados os 20 vencedores.
    Na etapa regional há também um concurso para relato de prática destinado aos professores dos alunos semifinalistas. Uma Comissão Julgadora específica seleciona um relato por região Os professores autores dos 28 Relatos de Prática selecionados na etapa regional receberão um netbook cada um  
Etapa Nacional: 9 e 10 de dezembro
    A Comissão Julgadora Nacional selecionará os 20 vencedores nacionais (cinco de cada categoria). A premiação para o professor e alunos selecionados é medalha, notebook e impressora. E para a escola são 10 microcomputadores, uma impressora, um projetor multimídia, um telão para projeção e livros para a biblioteca.

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