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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Quadrilha que lesava empresários em seis Estados é desmantelada pelo MPSC

A pedido do Ministério Público de Santa Catarina, cinco
mandados de prisão preventiva já foram expedidos contraintegrantes de uma quadrilha que está praticando golpes contra empresários em pelo menos seis Estados: Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia. Genilton Vieira de Andrade, 32 anos, foi preso no dia 16 de novembro, em Caçador, e foi recolhido ao Presídio Regional de Concórdia. Estão foragidos João Djalma Prestes Júnior, que se identifica como "João Júnior" e é considerado o líder do grupo, Edson de Almeida, Vilson Liedmann e Maria Rosa Braga.
 
A investigação teve início na Coordenadoria Regional de Investigações Especiais do MPSC, em Chapecó, com apoio das Promotorias de Justiça de Chapecó e Concórdia. A Coordenadoria conta com uma força-tarefa de combate ao crime organizado integrada pelo Ministério Público, polícias Militar, Civil, Rodoviária Federale Secretaria da Fazenda Estadual. O trabalho foi batizado de "Golpe das debêntures".
 
Os integrantes da quadrilha residem em Curitiba (PR) e São Paulo, e o MPSC já apurou que pelo menos 15 empresas perderam entre R$ 30 mil e R$ 188 mil, cada uma, nos Estados em que já se sabe que o golpe foi praticado - seis empresas de Santa Catarina, seis do Paraná, uma de São Paulo, uma de Goiás e uma de Minas Gerais. Outras sete empresas desses Estados e da Bahia estavam prestes a efetuar pagamentos à quadrilha, mas cancelaram ante a suspeita de golpe. O levantamento parcial sobre o caso mostra que até o momento o grupo obteve mais de R$ 1 milhão com a fraude, e já teria negociado outros R$ 2 milhões com diversas empresas.
 
A quadrilha detém conhecimento do mercado financeiro e oferece a empresas com potencial de crescimento serviços de assessoria para intermediar aportes financeiros de fundos de pensão, que tornariam-se cotistas da empresa beneficiada por 20 anos, prazo que ela teria para pagar o investimento. A interessada no negócio firma contrato de prestação de serviço com a quadrilha, que é fictício, por meio das empresas WZ Intermediação de Negócios Ltda. e A&B Intermediação de Negócios, que têm sede em área nobre de São Paulo e foram constituídas de fachada.
 
As empresas que assinam contrato com o grupo são informadas de que o fundo de pensão investidor exige uma garantia para realizar o aporte financeiro, e são convencidas de que o melhor caminho é a aquisição de debêntures que, na verdade, não existem. Para realizar a operação de compra dos supostos papéis em nome dos seus "clientes", as empresas WZ e A&B indicam corretoras, também de fachada ou criadas em nome de "laranjas", e que são associadas ao golpe.
 
Os valores depositados pelas empresas para as corretoras é desviado para os participantes do esquema. A oferta dos fundos de pensão na verdade nunca existiu e, embora a operação no mercado financeiro seja o pano de fundo para a prática do golpe, a quadrilha lesa os empresários é com a suposta aquisição de debêntures inexistentes.
 
O golpe é enquadrado como formação de quadrilha, estelionato, falsidade documental e lavagem de dinheiro. O Ministério Público acredita que o esquema possa ter alcançado ainda mais empresas e encaminhará cópias de informações da investigação para o Ministério Público e a Polícia Civil de outros Estados. Além das empresas WZ e A&B, também participam do golpe as empresas E. C. A. da Silva Intermediação de Negócios, AD-Serv Escritório Administrativo Ltda. e MR Intermediação de Negócios (MRBraga), também com endereço em São Paulo. Há suspeita ainda de que esse golpe também venha sendo praticado por outros estelionatários, através de outras empresas.
Fonte: assessoria de imprensa do MPSC

Um comentário:

  1. OS VERDADEIROS DONOS DA WZ...

    SÃO ELES...Estelionatário João Djalma Prestes Junior.
    José Severino Sousa, o Zé Baiano. OU JOSÉ SOUSA.

    Policiais estão a caminho de imóveis de alto padrão - segundo eles - as bases de uma quadrilha de golpistas: homens bem formados, especialistas em mercado financeiro.

    A operação é simultânea em São Paulo e no Rio de Janeiro. As vítimas são donos de empresas. Herdeiro de uma indústria, um empresário de São Paulo, como tantos outros, precisava expandir os negócios. Mas resistia à idéia de pedir dinheiro ao banco, por causa dos juros de quase 50%. Foi então que surgiu o que parecia ser a solução.

    “Foi apresentada uma empresa que fazia assessoria de captação de recursos internacionais. E foi uma coisa muito atrativa, com taxa de juros de 5,5% ao ano, 12 meses de carência, 60 meses para pagar, ou seja, então quer dizer que para nós seria o ideal pra começarmos a fazer a empresa tomar uma produção maior”, conta o empresário, que não quer se identificar.

    Entre os que se apresentaram como captadores de recursos internacionais estão Edson Luiz Anacleto e José Severino Sousa, o Zé Baiano. Os dois, donos de uma diversificada ficha policial: Edson é acusado de falsa identidade, formação de quadrilha, furto, roubo. Zé Baiano, de extorsão, estelionato, receptação, homicídio.

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