A aprovação do parecer do vereador Everaldo Mokwa(PP), contrário ao projeto que institui a lei seca em Corupá, proibindo o consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas, deve repercutir em toda a região. Apesar da proibição ser uma tendência nacional ( São Paulo, Jaraguá do Sul, Guaramirim, São Bento do Sul, Rio Negrinho) já adotaram, 6 dos 9 vereadores corupaenses fizeram o caminho inverso. Os argumentos utilizados, muitos superficiais e desconexos, nos permitem alguns questionamentos. Um deles é de que a matéria é inconstitucional.Oras, isso quer dizer que todos os municípios que aprovaram a legislação foram de encontro(neste caso é de encontro mesmo) à Constituição Federal? Se é assim , seria de bom alvitre que um dos vereadores contrários impetrasse uma ADIN(ação direta de inconstitucionalidade) contra a lei. Outro argumento é de que a matéria poderia constar no plano diretor, que rege regras e posturas no município. Mas se isso era possível, porque passaram, então, meses discutindo a matéria, com a realização de audiências públicas e outros movimentos? O terceiro argumento , e este me parece o mais forte, é de que faltam opções de lazer para os jovens corupaenses . Partindo desse pressuposto, os vereadores afirmaram, textualmente, que ficar bebendo em praça e ruas públicas, é uma ótima opção de divertimento. Beber é de livre arbítrio! Cada um faz da vida o que lhe é mais conveniente. No entanto, existem bares e lanchonetes, que recolhem impostos e portanto, pagam para se estabelecer e me parecem os locais mais apropriados.
Apesar de respeitar a decisão e, partindo da premissa, de que os vereadores são os representantes do povo e , então, votaram de acordo com os anseios populares, é preciso dizer que a câmara de vereadores de Corupá deu uma clara demonstração de como não se deve legislar. Pesquisa realizada pelo próprio Legislativo mostrou que 80 por cento dos que opinaram eram a favor. Levantamento semelhante feito pela BAND FM mostrou que 70 por cento aprovavam a lei seca. Tomando por base estes números, ressalta-se que, para a câmara de Corupá, nem sempre a maioria vence. Ou , então, os números estão completamente equivocados e não refletem a realidade do que pensa a população. Será?
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Eu, além de cidadão corupaense, sou jovem, tenho 18 anos e, assim como muitos outros da minha faixa etária, tenho o mesmo sentimento quanto a esse assunto. Beber é bom, é, mas o problema são os limites impostos e que são respeitados. Creio que não haveria problema algum se realmente não houvesse algum problema afetando a sociedade. Quando os limites são ultrapassados e se tornam um incomodo a terceiros está na hora de tomar providencias. Essa desculpa de que não há áreas de lazer para os jovens foi uma das coisas mais sem nexo que já ouvi, afinal nossos vereadores não tem o poder de criar pontos, ou pelo menos incentivar projetos que visam o lazer das crianças e jovens? Temos sempre que esperar por iniciativas de particulares, enquanto esperamos por algum ponto de lazer. Quantas crianças poderiam praticar esportes até nos finais de semana, sem precisar pagar, ou ter que pular o muro de alguma escola, como já aconteceu, e ainda deve acontecer? Quantas crianças poderiam estar tendo uma vida saudável, praticando esportes, sem precisar ficar em casa em frente à um computador? Quantas crianças não poderiam virar atletas com boas iniciativas e projetos? Quantas famílias poderiam se divertir em nossa cidade e não mais ter que procurar diversão em outra cidade? Quantas famílias visitariam nossa cidade e encontrariam lazer, além do Seminário ou das Cachoeiras? Eu realmente sinto vergonha de convidar meus amigos para visitar a cidade em que eu moro e ter que ouvir "Mas o que tem pra fazer em Corupá?". Na minha opinião o legislativo falhou e falhou muito, não apenas por desaprovar a Lei Seca, mas por dar as piores desculpas. Espero que um dia essas idéias antiquadas de cabeças fechadas mudem, para que toda a população possa ter uma cidade melhor para se viver, e se orgulhar.
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